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UCS avança na pesquisa e aplicação de terapias com células-tronco

Gerais

Publicado em 13/06/2022

Neurocirurgião Asdrubal Falavigna falou sobre cenário atual e perspectivas durante palestra na RA CIC Caxias - Foto: Julio Soares/Objetiva
Neurocirurgião Asdrubal Falavigna falou sobre cenário atual e perspectivas durante palestra na RA CIC Caxias - Foto: Julio Soares/Objetiva

O vice-reitor da Universidade de Caxias do Sul (UCS), neurocirurgião Asdrubal Falavigna, afirmou que a terapia com o uso de células-tronco está no centro da proposta de uma vida longa com qualidade e saúde. Convidado para palestrar na RA CIC Caxias desta segunda-feira (13), o especialista discorreu sobre o tema Terapias regenerativas e longevidade: a inovação em saúde com o uso de células-tronco no evento promovido pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias). “Estamos em um momento tecnológico e de inovação em que estas células podem ser retiradas e armazenadas para, quando necessárias, ser utilizadas na promoção do diagnóstico, testagem de drogas ou para ser realizado um tratamento efetivo, preciso e personalizado de doenças futuras”, explicou o vice-reitor.

Conforme detalhou em sua palestra, as células-tronco têm o potencial de renovar tecidos danificados e podem auxiliar no tratamento de doenças como câncer, lesão da medula espinhal, doenças genéticas, Acidente Vascular Cerebral, mal de Parkinson, mal de Alzheimer, doenças degenerativas de músculos e cartilagens e cardíacas. “Estas doenças apresentam um impacto social e econômico elevado, retirando muitas pessoas qualificadas do trabalho e aumentando o custo do tratamento, sendo, muitas vezes, tratamentos paliativos, ou seja, sem efetividade na mudança de rumo da doença”, argumentou. 

A RA CIC teve justamente o objetivo de informar e discutir a importância das células-tronco como terapêutica para melhorar o cenário da saúde da Região, levando em consideração as novas tecnologias e os processos de inovação. “Partindo do fato de que a vida é o bem mais precioso e intransferível das pessoas, pode-se entender o papel crucial das células-tronco na reparação programada de funções perdidas”, ponderou o médico. 

De acordo o neurocirurgião, a trajetória e o envolvimento da Universidade de Caxias do Sul na pesquisa, inovação e translação clínica das células-tronco já somam 15 anos. No próximo dia 4 de julho, a instituição inaugura o Centro de Coletas de Células-tronco, o primeiro no Rio Grande do Sul, com o objetivo de ser o propulsor no armazenamento e uso da terapia celular para o tratamento de doenças na Região. “A UCS quer estimular o desenvolvimento de terapias avançadas com células-tronco”, enfatizou Asdrubal Falavgna. 

Ainda conforme ele, os Estados Unidos lideram as descobertas científicas e de inovação na área. O Brasil, segundo ele, está bem, mas existe espaço para melhorar e ser mais proativo. Os maiores entraves para que isso aconteça, disse, estão na falta de recursos humanos capacitados e pouco investimento tecnológico. “A descoberta das células-tronco aumenta o espectro de novos tratamentos de doenças. A UCS quer estimular o desenvolvimento de terapias avançadas ao propor protocolos acessíveis e factíveis, oferecer capacitação, tecnologia e espaço físico e estimular a discussão deste tema entre alunos, professores, pesquisadores e interessados”, pontuou o vice-reitor da instituição.  

Além do Centro de Coletas, a associação das células-tronco com o grafeno, material mais leve e resistente que existe, está no horizonte futuro da UCS no estudo da terapia celular. 

O presidente da CIC Caxias, Celestino Oscar Loro, por sua vez, enalteceu o papel da ciência, da pesquisa e da UCS nestas pesquisas. “Depois da descoberta do grafeno e de tantas outras inovações trabalhadas anteriormente no meio acadêmico, agora podemos dizer também que a Universidade de Caxias do Sul está na vanguarda dos estudos com células-tronco. Isso nos enche de orgulho”, ressaltou Loro. 

Neste ano, Asdrubal Falavigna integrou a seleta lista de neurocirurgiões mundiais ao ser nomeado para receber o prêmio internacional de reconhecimento vitalício “International Lifetime Recognition Award” pela Sociedade Americana de Neurocirurgia em Filadélfia. Sua nomeação foi fundamentada nos feitos desenvolvidos para o crescimento da neurocirurgia nacional e global e pela contribuição científica e humanitária. Foi o primeiro brasileiro a receber esta homenagem.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC - Jornalista Marta Guerra Sfreddo (MTb6267)

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