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Joarez Piccinini defende urgência da Reforma Administrativa no Brasil

Gerais

Publicado em 09/11/2020

Executivo (a esquerda) palestrou na reunião-almoço híbrida realizada pela CIC sob o comando de Ivanir Gasparin - Foto: Karine Zanardi/CIC
Executivo (a esquerda) palestrou na reunião-almoço híbrida realizada pela CIC sob o comando de Ivanir Gasparin - Foto: Karine Zanardi/CIC

Na primeira reunião-almoço híbrida realizada pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), nesta segunda-feira (9), o diretor-superintendente de Serviços Financeiros e Relações Institucionais das Empresas Randon, Joarez José Piccinini, palestrante convidado do evento, falou sobre as reformas necessárias para o crescimento econômico e sustentável do Brasil. Depois de apresentar os principais indicadores econômicos mundiais e brasileiros em 2020, e as projeções para 2021, Piccinini afirmou que o País precisa de uma Reforma Administrativa com urgência, pois o Brasil gasta muito e mal os recursos que arrecada.

“A Reforma Tributária é importante sim, mas pela urgência, se continuarmos gastando muito mais do que se arrecada, o Brasil entra em colapso financeiro. O que quebra uma empresa é o caixa, o que quebra um país é a falta de caixa. Nesse sentido, uma reforma que reduza o gasto e o desequilíbrio fiscal é mais importante neste momento”, argumentou Piccinini. Para ele, sem a Reforma Administrativa o País corre o risco, no curto prazo, de entrar em colapso financeiro e não conseguir rolar a dívida.

Em relação à Reforma Tributária, o executivo observou que ela também é importante, mas os seus benefícios vêm a longo prazo. “A gente consegue, em termos de economia, conviver com esse caos tributário que é o Brasil”, acrescentou. Piccinini lembrou que o problema do sistema tributário brasileiro não é somente a pesada carga, que hoje é da ordem de 35% do PIB, mas a sua complexidade e insegurança jurídica. Segundo o palestrante, estima-se que existam mais de R$ 3 trilhões de discussões tributárias no País, algo em torno de 50% do PIB brasileiro. “As pessoas pagam os tributos e nunca sabem se estão certas ou erradas, se estão sujeitas à multa”, lamentou.

Joarez Piccinini alertou que as projeções indicam um PIB brasileiro negativo em 2020 de -4,8%. Mas ele acredita na retomada da economia no próximo ano, com perspectiva de crescimento do PIB em 3,3%. As projeções apresentadas também indicam o dólar em R$ 5,45 em 2020 e em R$ 5,20 em 2021.

O evento híbrido, com transmissão no YouTube e Facebook, foi aberto pelo presidente da CIC Caxias, Ivanir Gasparin, que afirmou que a retomada dos eventos presenciais tem o objetivo levar à classe empresarial, em especial às empresas associadas, os melhores conteúdos para auxiliar no enfrentamento dos cenários desafiadores, obedecendo a todas as normas de higiene e segurança. “Historicamente, é nos períodos de crise que o associativismo se fortalece, e as entidades de classe como a CIC têm a missão de amparar seus quadros associativos nestes momentos”, comentou Gasparin. 78 pessoas participaram presencialmente do evento.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC - Jornalista Marta Guerra Sfreddo (MTb6267)