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CEO da Marcopolo destaca protagonismo do Brasil no Brics
Publicado em 04/08/2014

Com quase 42% da população mundial, os países do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) respondem por 20% do PIB global. A sua importância na economia mundial e a participação do Brasil no bloco foi tema da palestra do CEO da Marcopolo, José Rubens de La Rosa, que é o atual presidente do Conselho Empresarial do Brics e da Seção Brasileira do mesmo Conselho, na reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) nesta segunda-feira (4). O evento foi comemorativo aos 65 anos da Marcopolo, e a presença da empresa no Brics também foi objeto da palestra de De La Rosa.
Segundo o executivo, entre 2003 e 2007, o crescimento dos quatro países representou 65% da expansão do PIB mundial. Já em 2010, acrescentou, o PIB conjunto dos cinco países totalizou US$ 11 trilhões, o equivalente a 18% da economia mundial. "Todos os países estão procurando seu espaço", afirmou De La Rosa.
Para melhorar a integração comercial e econômica entre os países do grupo, em março do ano passado foi criado o Conselho Empresarial do Brics, composto por 25 empresários, cinco de cada país. No Brasil, as empresas que compõem o conselho são a Weg, Vale, Gerdau e Banco do Brasil, lideradas pela Marcopolo, que exerce a presidência em âmbito nacional e geral, revelou De La Rosa. "O Conselho Empresarial irá garantir que haja diálogo permanente entre as comunidades empresariais dos países do Brics e seus governos", argumentou o CEO da Marcopolo. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) atua como Secretaria Executiva do Conselho Empresarial do Brics.
Entre as principais medidas já encaminhadas pelo Conselho Empresarial, De La Rosa citou o pedido de facilitação dos vistos para negócios; estudos para harmonização de normas técnicas; apoio à criação do Banco do Brics e a outros meios de financiamentos aos negócios. Ele comemorou o avanço das tratativas de constituição do banco, por permitir uma forma adicional de se obter financiamento sem a necessidade de transitar pelo dólar.
Ao tratar da questão da competitividade brasileira, De La Rosa mencionou a realização do "Diálogo da Indústria com Candidatos à Presidência da República", realizado em 30 de julho, na CNI. Conforme ele, o evento apresentou as propostas do setor industrial para os três candidatos à Presidência da República mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto. O encontro foi uma oportunidade para que a indústria e seus representantes ouvissem as propostas dos três presidenciáveis e apresentassem os problemas de competitividade que o segmento vem atravessando. "O País tem oportunidades, mas, para aproveitá-los, precisa vencer alguns desafios. O Brasil é um país caro, com um ambiente de negócios complexo e com baixa competitividade. A defesa da competitividade brasileira, que vem diminuindo ano a ano, deve estar na pauta de quem quer que seja o próximo presidente. Há muito trabalho por fazer", comentou.
Para marcar os 65 anos da Marcopolo, o presidente da CIC, Carlos Heinen, destacou a trajetória da empresa e ressaltou sua influência no desenvolvimento econômico do País. Ele fez a entrega de uma placa ao presidente emérito da Marcopolo, Paulo Bellini, que em seu pronunciamento agradeceu aos colaboradores da empresa pelos desafios vencidos nestes 65 anos.
Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC