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Caxias e Serra Gaúcha devem ser protagonistas da retomada do Rio Grande do Sul, defende deputado Luciano Zucco
Publicado em 27/10/2025
"Será que estamos no caminho da prosperidade?”. A pergunta norteou a palestra do deputado federal Luciano Zucco na RA (reunião-almoço) da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), nesta segunda-feira (27), quando falou sobre o tema “Caxias do Sul e Região na rota da prosperidade do Rio Grande do Sul”. Ao longo da apresentação, Zucco, que é natural de Alegrete e raízes na Serra Gaúcha, ressaltou que o estado vive um momento decisivo de reconstrução e que Caxias do Sul e a Região serão protagonistas de um novo futuro para os gaúchos.
Com base em dados do IBGE, Zucco destacou que o Rio Grande do Sul foi o estado que menos cresceu entre 2002 e 2022, e que, enquanto Santa Catarina e Paraná ganharam posições no ranking de competitividade, o estado gaúcho perdeu. O deputado associou o resultado à “infraestrutura ruim, descaso na educação, falta de mão de obra qualificada e mentalidade estatal arrecadatória e punitiva”.
O parlamentar deu ênfase a problemas como a escassez de mão de obra qualificada, e citou pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) que mostra que “a falta de trabalhador qualificado afeta 85,5% das indústrias no RS”. Outro ponto abordado foi a falta de prioridade nos gastos públicos, com exemplos de despesas do governo estadual. “O Rio Grande do Sul está na contramão dos demais estados em relação aos gastos públicos”, afirmou.
Zucco também ressaltou que o Rio Grande do Sul é o segundo estado mais endividado da federação. “Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul não só teve o pagamento da dívida suspenso, como também vendeu ativos e recebeu recursos extraordinários”, citando as privatizações da CEEE, Sulgás e Corsan, além dos repasses decorrentes da pandemia e das enchentes. E acrescentou que, em 2027, a dívida gaúcha será de R$ 137 bilhões.
Para Luciano Zucco, as mesmas ações levam sempre aos mesmos resultados, e defendeu a atenção ao setor produtivo do Rio Grande do Sul, por meio da valorização das secretarias estratégicas, e de projetos estruturantes e investimentos na agroindústria, com a necessidade de reduzir o inchaço da máquina pública e promover a venda de bens imóveis inativos. “O governo tem 71 imóveis ou terrenos sem uso em Porto Alegre”, ilustrou.
Ao reforçar que “o segredo está em colocar as peças nos lugares certos”, e que é preciso buscar um governo técnico, mostrou comparativos de desempenho de estados como Santa Catarina, Minas Gerais, Paraná e São Paulo em áreas como segurança, infraestrutura e competitividade.
A RA foi conduzida pelo presidente da CIC Caxias, Celestino Oscar Loro, que, em seu discurso de abertura, defendeu uma agenda de racionalidade e responsabilidade, baseada na redução do tamanho do estado, na reforma administrativa e na austeridade das contas públicas. “O País necessita de eficiência e pragmatismo político, com foco em resultados, sem espaço para disputas ideológicas ou pessoais que atrasam decisões, projetos, definições, escolhas de caminhos”, disse Loro.
Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC - Jornalista Marta Guerra Sfreddo (MTb6267)