Notícias

“Sua marca está pronta para o futuro?” A resposta depende de quanto as empresas estão atentas às mudanças no comportamento do consumidor e são capazes de saber os atributos mais relevantes que impactam na jornada de compra. “O consumidor está mais pragmático do que nunca”, afirmou o gerente de Consumer Insights e Analytics do Grupo RBS, Daniel Bertoli, palestrante da RA da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias) desta segunda-feira (5), quando explanou sobre as transformações e desafios na jornada de compra digital, investigadas por meio de pesquisa quantitativa e qualitativa com respondentes de oito regiões do Rio Grande do Sul e do restante do País.   

“O mundo mudou e os atributos valorizados antes podem não fazer mais sentido. Pandemia, digitalização, aumento do número de players no varejo, markplaces e impacto social: as propostas e o valor das marcas precisam acompanhar os acontecimentos e as tensões do consumidor”, avaliou Bertoli. Segundo ele, antes de priorizar a marca, o consumidor prioriza quem der as melhores vantagens e benefícios. No entanto, o aprendizado com a digitalização mudou o processo de consumo como um todo, não se restringindo apenas às compras on-line. “O pragmatismo vai ter um peso maior nas decisões de compra, sejam elas físicas ou digitais”, observou o executivo.

A pesquisa realizada pelo Grupo RBS apontou ainda que existem outros valores que também podem impactar a jornada do consumidor. No caso dos gaúchos, a cultura local é um forte componente de identidade e pesam no momento da compra. 65% dos entrevistados afirmaram que consumir de marcas locais é uma forma de valorizar a cultura do estado. “Na prática, o consumidor se encontra no meio do caminho de dois universos: de um lado, o acesso sem fronteiras e o olhar pragmático provenientes dos aprendizados da pandemia; de outro lado, o orgulho regional, o prazer de apoiar o que é local, a tradição das marcas, o impacto sustentável e outras tantas propostas de valor mais subjetivas”, comparou Bertoli. 

O palestrante afirmou ainda que os atributos pragmáticos (preço, promoção, tempo de entrega, frete grátis, variedade, cashback, cupons de desconto), e os subjetivos (tradição da marca, coolness, lifestyle, regionalismo, propósito) não são apostos. O primeiro serve de filtro para validar uma opção de compra, enquanto o segundo diferencia uma marca da outra. “Se o pragmatismo é o novo pacote básico do consumo, ele está presente na decisão de compra independentemente da categoria. O que muda é o peso e a proposta de valor que diferenciam as marcas”, concluiu.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC - Jornalista Marta Guerra Sfreddo (MTb6267)