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Executivo da Volvo provoca reflexões sobre lições trazidas pela pandemia

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Publicado em 19/07/2021

Carlos Ogliari palestrou sobre os dilemas da dimensão humana no trabalho e os impactos nas empresas - Foto: Bianca Gonçalves/CIC Caxias
Carlos Ogliari palestrou sobre os dilemas da dimensão humana no trabalho e os impactos nas empresas - Foto: Bianca Gonçalves/CIC Caxias

Em vez de números, reflexões sobre a dimensão humana do trabalho diante das transformações por que passam as empresas. Assim foram os debates na primeira reunião-almoço híbrida do ano realizada pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), nesta segunda-feira (19). Além da transmissão nos canais oficias da entidade, 65 pessoas estiveram presentes ao salão da reunião-almoço para ouvir o vice-presidente de Recursos Humanos e Assuntos Corporativos do Grupo Volvo América Latina, Carlos Ogliari.

O evento abriu a programação do 26º Seminário Qualidade & Competitividade, que neste ano vai ocorrer no dia 6 de outubro, durante a 30ª Feira de Inovação Industrial (Mercopar), e também alusivo ao Dia da Qualidade Caxias, comemorado em 18 de julho.

Ogliari iniciou sua palestra discorrendo sobre as lições trazidas pela pandemia, sobre a necessidade de adaptação aos protocolos sanitários em tempo recorde e questionou sobre o que fará e o que não fará falta do que se vivia no mundo pré-pandêmico. “A reflexão é individual. Não há respostas certas ou erradas, há respostas, que estão dentro de cada um de nós”, disse. Para o executivo da Volvo, a questão não é o que as empresas fizeram para sobreviver neste período de pandemia, mas como fizeram. Carlos Ogliari acredita que o “E” ganhou importância e está substituindo o “OU”, portanto, não é “crise ou oportunidade”, mas “crise e oportunidade”.

O convidado da CIC também ressaltou que os empresários sabem enfrentar crises, incertezas e instabilidades de todos os tipos. “O nível de incertezas só cresce. Como lidar se não com as pessoas”, acrescentou, ao mencionar a importância de se considerar a dimensão humana do trabalho. 

“É um erro pensar que são as empresas que recrutam as pessoas"

“É um erro pensar que são as empresas que recrutam as pessoas. São as pessoas que recrutam os projetos a que querem emprestar boa parte de sua vida. São as pessoas que recrutam as empresas pela forma como as empresas lidam com as pessoas, com o ser humano. Essa pandemia ainda revelará a totalidade dos seus efeitos à sociedade. Alguns sinais começam a surgir”, afirmou, ao mencionar a forma como a educação de crianças e jovens foi tratada durante a pandemia, e o que foi feito diante do risco do crescimento da evasão escolar. “Qual será o déficit educacional e de qualificação que essa geração de crianças e jovens apresentará, qual o efeito disso na competitividade do nosso País, do estado do Rio Grande do Sul e de Caxias?”, provocou. Para Ogliari, certamente as nações que melhor cuidaram desse aspecto sentirão menos os efeitos do déficit educacional.

“Aqueles que não fizeram o dever de casa, aqueles que descuidaram desse aspecto têm de encontrar formas de recuperar o tempo, pois certamente a disputa por mão de obra qualificada, a disputa pelas pessoas certas, para as atividades certas, será ainda maior. A agenda das transformações que impactam fortemente as empresas gerou a necessidade de gente capacitada, com conhecimento e com um conjunto adequado de comportamentos e atitudes nas organizações. Por trás das mudanças e transformações existe o ser humano, que está no centro das equações”, sustentou o palestrante, concluindo que os desafios vão continuar acontecendo, exigindo complementariedade, equilíbrio e sabedoria.

Dentro do tema, em seu pronunciamento de abertura, o presidente da CIC Caxias, Ivanir Gasparin, afirmou que “precisamos saber construir um ambiente de trabalho que compreenda a relevância da diversidade cultural e a diversidade de opinião, na certeza de que se está buscando a convergência de objetivos. E que bom que possamos todos conviver com a mentalidade digital, conectada e altamente permeável às novas tecnologias das novas gerações com a experiência e a sabedoria das gerações mais antigas”. 

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC - Jornalista Marta Guerra Sfreddo (MTb6267)