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“A saída para os nossos problemas são as reformas”, diz economista

Gerais

Publicado em 19/08/2020

Patrícia Palermo, da Fecomércio-RS, palestrou na reunião-almoço on-line sobre o panorama econômico de 2020 - Foto: Alessandra Perez/CIC
Patrícia Palermo, da Fecomércio-RS, palestrou na reunião-almoço on-line sobre o panorama econômico de 2020 - Foto: Alessandra Perez/CIC

A crise provocada pelas medidas de distanciamento social para evitar o contágio em massa do novo coronavírus teve grandes consequências sobre a economia. A dinâmica do impacto por setores, no entanto, mostra que a indústria e os serviços pagaram uma conta bastante cara desta crise em decorrência de medidas legais de restrição de atividades, queda na demanda e nos preços e também pela mudança de comportamento dos consumidores, no caso específico dos serviços. A análise é da economista-chefe da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul (FecomércioRS), Patrícia Palermo, que palestrou na reunião-almoço on-line da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) conduzida pelo presidente da entidade, Ivanir Gasparin, realizada nesta quarta-feira (19).


De acordo com Patrícia, as ações dos governos buscaram amenizar as perdas e preservar algumas empresas, mas outras se perderam pelo caminho. “Quando empresas morrem, morrem as oportunidades de geração de empregos ali na frente”, ponderou a economista, lembrando que foram destruídas 1.539.490 vagas formais de emprego em quatro meses no Brasil. Isso corresponde a cerca de 25% a mais de empregos formais do que o País foi capaz de gerar em 2018 e 2019 somados. 

“A saída será necessariamente continuar o caminho das reformas”, afirmou Patrícia. Além da Reforma Tributária, “que é a bola da vez”, com duas Propostas de Emenda Constitucional (PECs) sendo encaminhadas ao Congresso Nacional, a economista defendeu a Reforma Administrativa, por entender que ela é fundamental na dinâmica dos gastos e no aumento da eficiência do setor público. “A gente precisa fazer essa arrumação da casa. São caminhos necessários, e que no curto prazo exigiriam da gente um sacrifício, mas que lá na frente certamente compensariam”, sustentou.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC - Jornalista Marta Guerra Sfreddo (MTb6267)