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Crise obriga empresas a absorver tecnologias digitais com maior velocidade, afirma José Galló

Gerais

Publicado em 08/06/2020

Presidente do Conselho de Administração da Lojas Renner palestrou na reunião-almoço da CIC Caxias nesta segunda-feira (8) - Foto: Marta Guerra Sfreddo
Presidente do Conselho de Administração da Lojas Renner palestrou na reunião-almoço da CIC Caxias nesta segunda-feira (8) - Foto: Marta Guerra Sfreddo

Presidente do Conselho de Administração da Lojas Renner, José Galló palestrou na reunião-almoço on-line da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias) nesta segunda-feira (8). Convidado para falar sobre como o encantamento do cliente vence qualquer crise, Galló analisou o momento atual e afirmou que a pandemia obrigou as empresas a absorver as novas tecnologias digitais, especialmente de e-commerce, e fazer as coisas de uma forma bem mais acelerada. “Este é um momento diferente, porque fez com que as empresas tivessem que acelerar o uso de todas as ferramentas digitais e adiantar projetos”, ressaltou. Além disso, o mindset das pessoas mudou, e se tem um empresário que não se deu conta disso, certamente vai ficar pelo caminho ou sucumbir.

Sobre encantar o cliente, José Galló ponderou que o conceito vai muito além de satisfazer o consumidor. “Isso não é suficiente. As empresas hoje devem pensar em superar, em dar mais”, afirmou. De acordo com o executivo, nestes últimos 90 dias, o cliente passou a ter comportamentos diferentes e a exigir coisas diferentes, está usando, cada vez mais, as plataformas digitais, seja para trabalho, educação, saúde ou serviços bancários, mudando a velocidade com que novos produtos e serviços sejam oferecidos no mercado.

Para José Galló, esta necessidade de agilidade exige que a empresa converse constantemente conversando com o cliente, fazendo e refazendo, cometendo erros e depois acertando. “Recebemos uma grande mensagem, e quem não absorver essa mensagem certamente ficará pelo caminho, porque o consumidor tem outra exigibilidade, e a rapidez passa a ser muito mais importante, e isso vale para pequenas, médias e grandes empresas. Uma empresa tem problema financeiro quando ela não está entregando ao cliente o que ele quer. Está fazendo um produto, um serviço que não está nem satisfazendo o cliente. Não somos mais um mundo linear, previsível, hoje o mundo é exponencial, temos que estar mais próximos do cliente e ser mais rápidos em desenvolver produtos e serviços”, argumentou. Para o executivo, este alerta de que as empresas precisam estar melhor preparadas foi a parte benéfica da crise do coronavírus.  

Cenário político e econômico

Fazendo referência à fala de abertura do presidente da CIC Caxias, Ivanir Gasparin, que criticou a falta de diálogo das principais lideranças políticas brasileiras em plena pandemia, José Galló também avaliou o momento político nacional. Elogiou o empreendedorismo local e disse que “o Brasil seria diferente se fosse como Caxias”. No entanto, acrescentou, Caxias está dentro de um ecossistema chamado Brasil, e esse ecossistema não está competitivo. “Carregamos excesso de impostos, de burocracia”, destacou.

Ele acredita que esta talvez seja a grande oportunidade de mudar a situação. Para Galló, quem  vai promover esta mudança não será o governo nem os burocratas,  mas os empresários. “Mas não só trabalhando aí em Caxias, não só querendo ser o melhor usando a tecnologia, nós temos que agir politicamente e nos aproximar de quem vai mudar estas coisas, que é o Legislativo, o Congresso. Eu acredito muito que o empresário tem força quando é unido. Empresário não tem que se aproximar do Legislativo só para se queixar ou pedir favores. Tem sim que mostrar a realidade e as dificuldades, mas tem também que apresentar propostas”, reforçou.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC - Jornalista Marta Guerra Sfreddo (MTb6267)