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OPINIÃO: Indignação legítima
Publicado em 21/11/2019
Por Dagoberto Lima Godoy, presidente do Conselho Superior da CIC-Caxias
Mais que merecido foi o destaque conferido pelo Pioneiro ao mais recente pronunciamento do presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC-Caxias), Ivanir Gasparin, reafirmando a insatisfação da entidade diante do que caracterizou como “abandono” da cidade pelo poder público municipal. Alguns poderão ter taxado o discurso de “político demais”, como se o presidente estivesse indo além da sua alçada de dirigente empresarial (ou até - quem sabe – buscando promoção pessoal com vistas a voos além do mundo dos negócios).
Os que porventura assim pensaram certamente não têm presente a verdadeira natureza da cidadania, essa que é tão decantada hoje, especialmente pelos da banda socialista, que vivem a exaltar os direitos do cidadão, esquecendo (ou deixando de lado) os deveres correspondentes. Não compreendem o quanto desses deveres se impõe a um verdadeiro líder comunitário, nem se dão conta de que a comunidade, na democracia, deve ser pluralista, com responsabilidades que perpassam os limites dos setores. Pensam que ser empresário é só se importar com o sucesso do próprio negócio, deixando aos outros, especialmente aos políticos, o trato dos interesses coletivos.
Muitas dessas pessoas não reconhecem que o bem-estar da sociedade depende do sucesso das empresas, estas que geram empregos e pagam os salários dos trabalhadores, além de custear o setor público, arcando com altos impostos. Nem se dão conta de que tal sucesso, por sua vez, depende da infraestrutura social e econômica a cargo dos governos, inclusive no âmbito dos municípios, aos quais toca proporcionar às empresas o ambiente mais amigável e incentivador possível.
O presidente da CIC, sem usar qualquer palavra que denotasse interesse partidário ou ofensa a pessoas, o que fez foi cumprir seu dever de líder de um segmento da cidadania caxiense e, ao mesmo tempo, mostrar legítima indignação face aos óbices que dificultam a atividade empresarial, no município. Que as respostas venham de quem couber, preferentemente na forma de atitudes e ações concretas.
Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC