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Evolução e conquistas do associativismo empresarial são debatidas na CIC

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Publicado em 04/11/2019

Em evento comemorativo aos 35 anos da Microempa, entidade recebeu Carlos Alberto de Rezende, da CACB - Foto: Julio Soares/Objetiva
Em evento comemorativo aos 35 anos da Microempa, entidade recebeu Carlos Alberto de Rezende, da CACB - Foto: Julio Soares/Objetiva

A história da origem e evolução do associativismo empresarial no Brasil foi contada pelo coordenador Executivo da Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB) Carlos Alberto de Rezende. Ele foi o palestrante da reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) nesta segunda-feira. O evento foi comemorativo aos 35 anos da Associação das Empresas de Pequeno Porte da Região Nordeste do RS (Microempa). “O associativismo está diretamente relacionado com a existência da liberdade”, afirmou Rezende ao lembrar o surgimento da atividade, na Antiga Roma, e de como se organizou ao longo dos séculos nas principais civilizações.

De acordo com o palestrante, o sistema empresarial mais antigo do Brasil tem mais de 200 anos de existência. Hoje, está presente nas 27 unidades federativas, com mais de duas mil associações comerciais. “Em 1811, o sistema CACB era a única voz empresarial existente. A partir da década de 40, houve a fragmentação da representação empresarial em comércio, indústria, serviços, transporte, agricultura e turismo. Existem mais de 3.500 sindicatos de todos os setores da economia”, revelou Rezende.

Se no passado, as associações comerciais e empresariais tinham restrições quanto ao porte das empresas para afiliação, quanto ao tipo de associado, com ações guiadas exclusivamente para o lobby e tendo seu maior faturamento oriundo das mensalidades, hoje o ambiente é totalmente diferente. “Há alta concorrência na representação empresarial. As entidades não têm mais como sobreviver só fazendo lobby, mas prestar serviços para manter o parceiro”, observou o executivo da CACB.

O palestrante ainda comentou que mudaram também os objetivos da atuação das associações empresariais. Se antes havia uma preocupação mais restrita ao desenvolvimento de negócios, ao sistema tributário de pessoas jurídicas, legislação trabalhista e benefícios para a instalação de empresas, atualmente as entidades têm muito mais ações voltadas para o desenvolvimento da sociedade como um todo, além de trabalhar sobre temas como educação, segurança, aplicação de recursos públicos, infraestrutura dos municípios e serviços públicos. “Hoje os empresários não se preocupam somente com o seu desenvolvimento, até por que sabem que se o seu município não for desenvolvido, seus negócios não vão prosperar”, reiterou.

Ainda sobre a atividade empresarial, Rezende afirmou: Não é fácil ser empresário, se fosse fácil, se não houvesse riscos nessa atividade, os burocratas de plantão também seriam empresários”.

Rezende também falou das conquistas do associativismo junto ao governo, como a aprovação da Reforma Trabalhista, a Lei da Terceirização, a Lei da Diferenciação de Preços e o decreto que tornou os supermercados atividade essencial.

Microempa é homenageada

O presidente da CIC, Ivanir Gasparin, fez a entrega de uma placa à presidente da Microempa, Luiza Colombo Dutra, durante a reunião-almoço. A entidade, que tem 2.500 associados, está completando 35 anos de fundação.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC - Jornalista Marta Guerra Sfreddo (MTb6267)

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