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OPINIÃO: Com união, Vila Oliva está na mão

Institucional

Publicado em 01/11/2019

Por Dagoberto Lima Godoy *

Há poucos dias, duas notícias em princípio auspiciosas para a população da Serra Gaúcha acabaram por causar inquietação, pelo receio de uma competição que venha a pôr em risco o velho sonho de um aeroporto regional. Pensamos, é claro, num equipamento para transporte de passageiros e de cargas, com porte condizente com a pujança de nossa economia, do comércio, dos serviços e da agricultura, à indústria, incluindo a “sem chaminés”, isto é, o turismo.

Como vem pregando o presidente da CIC Caxias, Ivanir Gasparin, o desenvolvimento das comunidades, nos tempos de mudanças radicais que vivemos, depende da adoção e posta em prática do paradigma da cooperação. O bairrismo que chegou a ser divertido, no passado, como a anedótica rivalidade entre Caxias e Bento Gonçalves, precisa dar lugar à união de esforços para enfrentar a concorrência que vem de fora e de todos os lados, no mundo digital globalizado.

Por isso mesmo, é acertado o trabalho que está sendo feito por vários municípios, em conjunto, pela duplicação da RS-122 e o prolongamento da BR-448 (Rodovia do Parque), até a RS-240, em Portão, beneficiando a todos. Foi com a mesma amplitude de visão que a CIC Caxias lutou, desde 1971, pela Rota do Sol – e, agora promove a sua duplicação --, vendo nela uma obra essencial para conectar a Serra e a Região Noroeste do estado à BR-101, o principal eixo rodoviário de ligação com o restante do Brasil e os países do Prata.  Com essa mesma perspectiva regional foi que, em 2004, a CIC Caxias descartou a localização do novo aeroporto em Mato Perso, entre Caxias e Bento, por ficar longe de Gramado/Canela, e, desde 2007, preferiu Vila Oliva, situada no centro de gravidade econômica e populacional da região.

Diz o velho ditado que um pássaro na mão vale mais do que dois voando. Se já é enorme o desafio para se concretizar um aeroporto do porte almejado, como não se eleger um projeto único, escolhendo sua localização em função dos máximos benefícios regionalizados?

Fonte: * Presidente do Conselho Superior da CIC Caxias