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“O que está acontecendo no mundo da comunicação?” O questionamento partiu do presidente da Associação Nacional de Jornais e vice-presidente Editorial e Institucional do Grupo RBS, jornalista Marcelo Rech, ao dar início a sua palestra na reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) nesta segunda-feira (16). No tema, o futuro da confiança e os impactos das fake news em um contexto em que a comunicação ocorre em todas as direções e todos têm a palavra.

“Não há filtros ou códigos de ética nas redes sociais”, afirmou Rech. Esta é, segundo ele, uma das más consequências deste novo jeito de fazer circular as informações, e que preocupam os profissionais de imprensa. “O jornalista profissional tem na sua natureza a busca do acerto, não do erro”, comentou. No que chamou de comunicação diagonal, e em decorrência da explosão da liberdade de expressão, uma parte importante das redes sociais passaram a fazer do erro a sua atividade e a espalhar desinformação com o objetivo de obter vantagem de qualquer natureza. “Hoje as falsidades e mentiras se espalham imediatamente”, acrescentou o jornalista, alertando para o uso cada vez maior da deep fake news, que usam tecnologias avançadas para enganar e tornar real uma mentira.

Então, em quem confiar? De acordo com Rech, organizações e a mídia profissional contra-atacam em defesa da responsabilização sobre o que é dito e difundido nas plataformas. “A informação precisa de certificado de origem, uma marca confiável, de valores, ética e independência de quem faz da credibilidade seu modelo de negócios”, afirmou.

Para Marcelo Rech, num mundo de desinformação constante e hiperoferta, a confiança será o diferencial. “Reputação da marca é a base da confiança, e marcas de confiança zelam por sua reputação em todas as frentes e em todos os momentos, incluindo as suas redes sociais”, concluiu.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC - Jornalista Marta Guerra Sfreddo (MTb6267)