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Mostra Natureza Morta, na Galeria Gerd Bornheim, tem apoio da CIC

Cultura

Publicado em 10/04/2019

A partir do dia 3 de maio, a Galeria Municipal de Arte Gerd Bornheim apresenta a segunda exposição do projeto Panorama, iniciado ano passado na mostra Técnica e Expressão, com obras de Aldo Malagoli, Iberê Camargo e Pedro Weingartner. O projeto assinado pelo grupo “Conhecendo Arte” se desenvolverá até 2022, trazendo anualmente obras da Pinacoteca de José Antonio e Hieldis Martins. A cada ano um tema é escolhido e são identificadas na coleção obras representativas, produzidas por artistas brasileiros ao longo do período que vai do final do século XIX ao século XXI. A atividade cultural tem o poio da CIC por meio de sua Diretoria de Educação e Cultura.

Para este ano, entre as obras catalogadas e mostradas em outros espaços como museus e bienais, uma das vedetes é a tela “Rosas”, de Leopoldo Gotuzzo, pintor que viveu entre 1887 e 1929. No conjunto das obras, outra tela do mesmo autor retrata elementos trabalhados por Regina Silveira. Regina é reconhecida internacionalmente como uma das mais importantes artistas brasileiras, tendo obras em constante circulação por museus e grande coleções da Europa.

A parceria entre o Poder Público e os colecionadores vai repetir a bem-sucedida operação de 2018, quando mais de 1.500 estudantes visitaram a exposição “Técnica e Expressão”. A Secretaria Municipal da Cultura continuará disponibilizando ônibus para o transporte dos alunos das escolas municipais que farão visitas agendadas e monitoradas por estagiários do curso de Artes da Universidade de Caxias do Sul (UCS).

Com curadoria da colecionadora Hieldis Martins e do doutorando em Artes da UFRGS Jacks Selistre, foram escolhidas obras de renomados artistas que pintaram naturezas mortas. Para Hieldis, a opção do tema foi muito natural.  “A tela Vaso com flores, do pintor Inos Corradin, foi a primeira que eu e meu marido adquirimos. Não foi uma compra por impulso, mas pelo que ela representava: uma natureza morta. Tivemos certeza que nos traria um prazer estético notável. E foi o que aconteceu. Em quatro décadas montamos uma Pinacoteca com obras importantes de artistas brasileiros que se destacaram em vários momentos e movimentos da pintura nacional”, afirma Hieldes. A colecionadora lembra ainda que quando da compra do primeiro quadro não havia a intenção de formar uma pinacoteca.

“Em História da Arte são frequentes certos fatos e situações terem tido uma prática estética muito antes de serem objeto de qualquer classificação ou especificação técnica. A reflexão acadêmica, fechada no mundo das suas próprias regras, tem por vezes dificuldade em acompanhar a criação artística que evolui de modo mais rápido e inesperado por estar mais próxima do cotidiano”, de acordo com a reflexão do professor de História da Arte na Universidade de Karlsrüe, na Alemanha, Norbert Schneider e foi citada pelo curador Jacks Selistre, que lembra: “A expressão natureza morta começou a ser usada na Holanda em meados do século XVII nos inventários de quadros. Desde então, e mesmo antes, o que se observa são conceitos sendo criados e postos de lado por nem sempre acompanharem a dinâmica do fazer artístico. Esta exposição propõe apenas que as obras sejam apreciadas com atenção e que nos permitamos avançar por outros caminhos, outras direções nascidas de nossas próprias reflexões.” aponta Selistre.

Para Gilmar Marcílio, diretor das Galerias de Arte do município, a exposição Natureza Morta é um segundo momento do Projeto Panorama. “Até 2022 a Galeria Gerd Bornheim vai realizar mais três exposições com obras da mesma pinacoteca. No próximo ano serão obras de artistas locais, todos ainda ativos no mercado. Em 2021, vamos ter um olhar contemporâneo com obras de artistas consagrados produzidos no século XXI. E para 2022, encerrando o Panorama e comemorando os cem anos da Semana de Arte Moderna, o foco será o Modernismo. Esta, com curadoria do colecionador José Antonio Martins e de Ademar Roberto Sebben, terá obras dignas de figurarem em grandes museus. Realmente este programa do grupo Conhecendo Arte e da Galeria de arte Gerd Bornheim é uma oportunidade de se conhecer ou rever obras que marcaram a arte brasileira.” conclui Marcílio.

O grupo Conhecendo Arte foi criado durante a Mostra “Técnica e Expressão” e seus membros são José Antonio e Hieldis Martins, Vera Vanin, Jacks Selistre, Elizabeth Fitchner, Guadalupe Bolzani, Jaqueline Martins, Matheus Montanati, Viviane Pinto Bado e Ademar Roberto Sebben. Além da CIC, a Mostra Natureza Morta conta com o apoio da CDL Jovem, Luiz Argenta Vinhos e Espumantes e Translovato.

Além da exposição na Galeria Gerd Bornheim, o grupo Conhecendo Arte realizará mais quatro exposições com o mesmo tema:

- 8 de maio no Campus 8 – mostra com trabalhos dos alunos do Campus 8, reunidos por atenderem convocatória dos curadores Jacks Selistre e Guadalupe Bolzani.

- 17 de maio na Arte Quadros – as escolhas da colecionadora com curadoria de Vera Vanin.

- 6 de maio no Centro de Cultura Ordovás - “Naturezas Mortas” do acervo AMARP com curadoria de Ademar Roberto Sebben.

Fonte: Galeria Municipal de Arte Gerd Bornheim