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Governador detalha situação das finanças gaúchas e aposta no diálogo para enfrentamento da crise

Gerais

Publicado em 22/02/2019

Eduardo Leite palestrou na CIC antes de participar da abertura da Festa Nacional da Uva - Foto: Gilmar Gomes
Eduardo Leite palestrou na CIC antes de participar da abertura da Festa Nacional da Uva - Foto: Gilmar Gomes

Ao palestrar durante um café da manhã na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) nesta sexta-feira (22), que reuniu mais de 360 pessoas, o governador Eduardo Leite apresentou um diagnóstico do problema crônico do déficit nas contas públicas gaúchas e reforçou que a grave situação do Estado exige reformas estruturantes. A agenda de ajustes, segundo o governador, passa por medidas que buscam o equilíbrio fiscal, em que a reforma da previdência está entre as prioridades, e pela retomada do crescimento econômico do Rio Grande do Sul. “Estamos todos compartilhando da crise, e a solução também será de esforços compartilhados, cada um fazendo a sua parte”, afirmou. O governador esteve em Caxias do Sul para a solenidade de abertura da 32º Festa Nacional da Uva.

Para Leite, os problemas no caixa do governo se refletem na precariedade dos serviços públicos prestados à população e na falta de investimentos em áreas essenciais. Ele citou a reforma da escola estadual Cristóvão de Mendoza, a melhoria das estradas e a desapropriação da área do novo aeroporto - situações reivindicadas pela comunidade de Caxias e Região - como exemplos desta falta de recursos. “Nosso governo se inicia com forte determinação de adotar reformas profundas e fazer o déficit deixar de existir”. De acordo com ele, isso irá melhorar os investimentos e animar a economia, gerando a receita necessária para o Rio Grande do Sul sair da crise.

Por entender que é preciso construir um ambiente necessário às reformas, Leite disse que a primeira marca de seu governo é a estratégia de diálogo. “Acredito que podemos avançar a partir das diferenças e conciliar os pontos importantes, buscando avançar nas reformas que são fundamentais para o nosso o estado”, ponderou o governador. Sem construir esse ambiente, acrescentou, o melhor plano de ação não terá qualquer eficácia. “Não é fácil, exige uma energia grande, mas é o único caminho possível”, ressaltou.

Em resposta ao presidente da CIC, Ivanir Gasparin, que em seu discurso de saudação mencionou que Caxias do Sul está ilhada logisticamente, Eduardo Leite reconheceu não ser compreensível o principal polo industrial gaúcho não ter uma ligação com a Região Metropolitana integralmente duplicada. Leite explicou que o estado está impedido de contratar novos financiamentos para investimentos em infraestrutura, porque o comprometimento de sua receita corrente líquida com a dívida está acima do permitido pela legislação, e por isso aposta nas parcerias com o setor privado. “A RS-122 se insere neste contexto como prioridade”, anunciou.

Ao final do pronunciamento que durou cerca de 40 minutos, o governador gaúcho concluiu: “Não quero ser o governador que ao final digam que pelo menos ele tentou, quero ser o governador que lidere um movimento, e que se diga que a sociedade gaúcha conseguiu. Quero ter a consciência tranquila de ter entregue os resultados, e os ganhos têm que ser coletivos. O Rio Grande do Sul não pode se esgotar na agenda da crise. É fundamental a superação desses problemas estruturais para que tenhamos sustentabilidade na agenda de crescimento econômico”.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC - Jornalista Marta Guerra Sfreddo (MTb6267)