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Pesquisa mostra crescimento da mulher em cargos de gestão
Publicado em 25/05/2018
Pesquisas mundiais sobre mulheres em empresas familiares evidenciam a naturalidade com que elas assumem cargos estratégicos. Na Serra Gaúcha não é diferente. Em 2017, o Instituto de Desenvolvimento da Empresa Familiar (IDEF) realizou um estudo que, dentre outros dados sobre famílias empresárias da região, apontou que 62% das 103 entrevistadas têm mulheres em cargos de gestão, muitas delas já assumindo os negócios como sucessoras de seus pais.
Neste ano, o IDEF concluiu outra pesquisa, desta vez específica sobre “A Mulher na Empresa Familiar” com o objetivo de entender a participação destas mulheres na construção da Governança Familiar e do Processo Sucessório. “A pesquisa resgatou a importância das mulheres nos papéis de mães, esposas e filhas para a estrutura familiar e para a perpetuação do negócio. É possível observar que por trás de um grande negócio tem sempre uma grande família e uma grande mulher”, reflete Hana Witt, pesquisadora e fundadora do IDEF, que palestrou no Café com Informação realizado nesta quinta-feira (24), pelo Conselho da Empresária da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC).
De fevereiro a abril, por meio de questionário online a pesquisa ouviu 82 mulheres, entre esposas e filhas de fundadores de empresas familiares de Caxias do Sul e região. Além disso, entrevistas presenciais foram realizadas para resgatar histórias e compartilhar aprendizados, buscando compreender com mais profundidade os dilemas dessas personagens importantes das empresas familiares da Serra Gaúcha.
No caso das herdeiras, o estudo revela que 73% das entrevistadas trabalham nas empresas de seus pais há mais de oito anos e 79% consideram que essa ocupação está alinhada ao seu propósito profissional.
Para Hana Witt, que é especialista em Governança Familiar, o maior desafio de uma filha é justamente descobrir seu verdadeiro propósito e suas expectativas profissionais, não se deixando levar pelas emoções e pelos papéis que possam ser impostos pela família no âmbito da empresa. “Algumas delas assumem os negócios da família pelo companheirismo e cuidado que têm com seus pais, e pela responsabilidade com o legado, mas com o passar do tempo se percebem distantes de seu propósito pessoal ou de suas verdadeiras habilidades profissionais”.
A pesquisa do IDEF constatou que apenas 51% das filhas tiveram outra experiência profissional antes de entrar para a empresa dos pais. No âmbito nacional, pesquisas em grandes empresas brasileiras revelam que 73% dos sucessores têm outras experiências profissionais antes de trabalharem com a família, uma prática recomendada pelos especialistas em sucessão.
Outro dado interessante do levantamento do IDEF é que 52% das filhas têm a intenção de assumir os negócios dos pais, porém, 72% afirmam que não possuem um plano de carreira estruturado para que ocorra o processo de sucessão.
O objetivo da pesquisa, realizada entre os meses de fevereiro e abril, foi entender a participação destas mulheres na construção da governança familiar e do processo sucessório. “A pesquisa resgatou a importância das mulheres nos papéis de mães, esposas e filhas para a estrutura familiar e para a perpetuação do negócio. É possível observar que por trás de um grande negócio tem sempre uma grande família e uma grande mulher”, afirmou Hana.
Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC e do IDEF