Notícias

O legado de Churchill: escritor analisa as técnicas de persuasão do estadista britânico

Gerais

Publicado em 16/04/2018

Ricardo Sondermann palestrou na reunião-almoço da CIC nesta segunda-feira (16) - Foto: Julio Soares/Objetiva
Ricardo Sondermann palestrou na reunião-almoço da CIC nesta segunda-feira (16) - Foto: Julio Soares/Objetiva

“A análise de seus discursos permite o entendimento da força das ideias expressas em palavras”. A afirmação é do especialista em Marketing e escritor Ricardo Sondermann, palestrante da reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) nesta segunda-feira, (16), ao fazer uma abordagem para o século 21 dos discursos do ex-primeiro-ministro do Reino Unido Winston Churchill (1874-1965). Com o tema “Winston Churchill e os discursos que ganharam a guerra”, o executivo falou sobre a importância da comunicação e sobre como aplicar esses ensinamentos nos negócios e na vida prática das empresas.

“O legado dos discursos de Churchill é o reconhecimento do poder que as palavras produzem no imaginário dos povos, capacitando-os a lutar pela liberdade e pela democracia”, disse Sondermann, autor do livro “Churchill e a Ciência Por Trás dos Discursos: Como Palavras se Transformam em Armas”. Para o especialista, a grande lição do estadista, cujas palavras se tornaram uma das mais poderosas armas na guerra contra Adolf Hitler e o nazismo, está em falar a verdade e colocar a realidade. “Em todos os seus discursos não há panos quentes sobre o que está acontecendo, há um chamamento ao trabalho e à luta. Ele conseguiu mobilizar tropas e populações e amedrontar os inimigos. Era imperfeito, mas conseguiu resultados fantásticos. Nos dias de hoje, sua força, retórica e clareza se fazem cada vez mais necessárias”, observou o palestrante.

Ao fazer uma correlação com o atual cenário político brasileiro, Sondermann disse acreditar que o candidato que falar a verdade vai angariar o voto dos eleitores. “Os falsos profetas estão terminando”, assinalou. Sondermann ponderou que o País precisa de representantes no Legislativo que sejam pró-mercado e que tenham como propostas a diminuição da interferência e regulação do Estado, com menos leis e impostos. “Quanto maior o Estado, maior a corrupção. Não precisamos de bancos, Correios, Petrobras”, frisou.

Em relação às empresas, Sondermann disse que o departamento de comunicação não é mais de propaganda e publicidade, mas um gerenciador de públicos e de crises. “As empresas têm que ter um discurso mais realista e mais rápido”, concluiu.

Ricardo Sondermann é administrador de empresas, com pós-graduação em Marketing pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e mestrado em Comunicação pela PUCRS. Sempre atuou em empresas ou clientes na linha de frente em vendas e comunicação. É sócio-diretor da 818 Consultoria e da 818 Game Academy.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC - Jornalista Marta Guerra Sfreddo (MTb6267)