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Presidente da Celulose Riograndense defende maior participação da elite empreendedora na transformação social

Gerais

Publicado em 30/10/2017

Walter Lídio Nunes palestrou na reunião-almoço da CIC nesta segunda-feira (30) - Foto: Julio Soares/Objetiva
Walter Lídio Nunes palestrou na reunião-almoço da CIC nesta segunda-feira (30) - Foto: Julio Soares/Objetiva

O presidente da Celulose Riograndense, Walter Lídio Nunes, que palestrou na reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) desta segunda-feira (30) fez uma reflexão sobre a conjuntura atual, os desafios para evoluir e o papel da participação sócio-política da elite empreendedora dentro deste quadro. Para o empresário, a crise é decorrente de um histórico sistema de estado interventor, burocrático, patrimonialista e clientelista, com narrativas populistas. Comparou indicadores brasileiros com os de outros países para demonstrar a situação atual do Brasil em termos de competitividade, comércio internacional, infraestrutura e logística, burocracia, serviços públicos e inovação, entre outras áreas. “O resultado é o desenvolvimento econômico medíocre, que causa um menor padrão de vida com desigualdades sociais”, afirmou Nunes.

O presidente da Celulose Riograndense questionou sobre qual o papel a ser exercido pela elite empreendedora neste cenário e constatou que os setores da educação e do empreendedorismo são os que têm maior capacidade de transformação social. O empresário acredita que é preciso desenvolver a capacidade de organizar e mobilizar movimentos por meio de agendas suprassetoriais, que integrem entidades de outros setores, e da construção de soluções de interesse da sociedade. “A sociedade moderna abre espaços para a participação, mas isto demanda compromisso. A omissão é uma irresponsabilidade social e uma falta de cidadania política. A cidadania política pressupõe que as decisões de interesse da sociedade não podem ser delegadas, mas devem ser construídas, acompanhadas e ter um controle por parte da sociedade organizada e mobilizada”, argumentou.

Para o empresário, não faltam estudos e propostas qualificadas para reformar o Brasil, mas falta uma “âncora social” para legitimá-las. Ele entende que uma ação de cidadania política é o único caminho para as reformas visando ao desenvolvimento, “que não ocorrem por incapacidade de mobilização de nossas elites qualificadas”, concluiu.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC - Jornalista Marta Guerra Sfreddo (MTb6267)