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Seminário na CIC apresenta tecnologia do aeromóvel

Política Urbana e Infraestrutura

Publicado em 31/03/2017

“Cidades para pessoas” foi o tema do evento que reuniu empresários, técnicos, fornecedores e agentes públicos - Foto: Julio Soares/Objetiva
“Cidades para pessoas” foi o tema do evento que reuniu empresários, técnicos, fornecedores e agentes públicos - Foto: Julio Soares/Objetiva

“A tecnologia aeromóvel permite implementar novos paradigmas no sistema de transporte público e na forma de organização das cidades. ” A afirmação é do coordenador do II Seminário da Cadeia Produtiva do Aeromóvel, Marcos Bosio, evento sediado pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) nesta sexta-feira (31). Empresários, pesquisadores, técnicos, fornecedores, instituições de fomento e órgãos governamentais debateram durante toda a tarde sobre novas tecnologias para um sistema de transportes seguro, integrado, inclusivo e sustentável.

Durante as palestras, foram apresentados a história, o conceito de funcionamento, principais componentes, fornecedores e oportunidades de novos fornecimentos do aeromóvel, além de meios de financiamento. O diretor-executivo da Aeromovel Brasil S.A, do Grupo Coester, Marcus Coester, explicou que a empresa é dedicada ao fornecimento de projeto e implementação de sistemas de mobilidade urbana. O aeromóvel é um meio de transporte automatizado, em via elevada, que utiliza veículos leves, não motorizados, com estruturas de sustentação esbeltas. Sua propulsão é pneumática, em que o ar é soprado por ventiladores industriais de alta eficiência energética, por meio de um duto localizado dentro da via elevada.

Marcus Coester relatou que o sistema foi implantado pioneiramente em Jacarta, capital da Indonésia, no ano de 1989. Hoje opera naquele país com três veículos, num trajeto de 3,2 quilômetros de distância. Já no Brasil, a primeira linha foi inaugurada em agosto de 2013, operada pela Trensurb, em Porto Alegre, onde percorre um trajeto de pouco mais de um quilômetro, interligando a Estação Aeroporto do metrô ao Terminal 1 do Aeroporto Internacional Salgado Filho, funcionando no mesmo horário dos trens. O executivo da empresa ainda relatou o case de Canoas, cujo projeto em implantação prevê 18 quilômetros de linhas, passando por 24 estações. A capacidade prevista é para até 12 mil passageiros por hora no pico e 82 mil por dia.

Para Marcus Coester, o aeromóvel devolve as vias públicas para os pedestres, pois possui tecnologia limpa, com motores elétricos e sem emissão de poluentes, mínima ocupação do espaço do solo e estruturas com baixo impacto visual. A sustentabilidade do sistema e suas vantagens também foram ressaltadas pelo coordenador do seminário: “A utilização da tecnologia aeromóvel permite adequar as funcionalidades do sistema de transportes, para que a cidade repense o paradigma do seu funcionamento, focando na qualidade de vida das pessoas. Contribui para a lógica da preservação do planeta. ”, disse Marcos Bosio.

Também palestraram o especialista do Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF) Andrés Alcalá, sobre alternativas e possibilidades de financiamento; o consultor CAF para a Área de Transportes Marcos Legal e Institucional para Elaboração de Projetos de Mobilidade, Javier Hernandez,  e representantes da Randon, fornecedora de chassi e material rodante, da Marcopolo, fornecedora das carrocerias do veículo, e da Siemens, que fornece sistemas elétricos, eletrônicos e de comunicação para a Aeromovel Brasil.

O II Seminário da Cadeia Produtiva do Aeromóvel foi uma realização do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs), CIC, Aeromovel Brasil e Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF).

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC