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Economia de Caxias do Sul tem queda de 6,9% em janeiro

Economia, Finanças e Estatística

Publicado em 02/03/2016

Dados do desempenho econômico foram divulgados nessa quarta-feira (2) pela CIC e CDL -Foto: Giovana Schmitt/CIC
Dados do desempenho econômico foram divulgados nessa quarta-feira (2) pela CIC e CDL -Foto: Giovana Schmitt/CIC

O índice da queda do desempenho da economia de Caxias do Sul no primeiro mês de 2016, em relação a dezembro de 2015, foi de 6,9%. Janeiro, por tradição, apresenta desempenho inferior ao mês anterior. A demanda menor e as férias acentuaram o percentual de queda na economia. Os três segmentos - indústria, comércio e serviços - tiveram recuo em suas atividades na comparação com o mês anterior. O comércio, porém, teve o pior desempenho: menos 23,9%%. A indústria foi o segmento que se manteve mais estável, com 1%. Já os serviços caíram 8%, conforme mostra o levantamento divulgado nessa quarta-feira (2), pela Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) e Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL).

O estudo mostra que na comparação entre janeiro de 2016 com janeiro de 2015, a indústria obteve queda de 22,2% e o comércio, de 21,7%%. Os serviços registraram redução de 8,3%. Com isso, a queda no desempenho da economia foi de 18% nesse comparativo. Na análise dos últimos 12 meses, a economia também apresentou desempenho negativo: -19,3% de queda.

Praticamente todos os componentes que servem para apurar o Índice de Desempenho da Indústria (IDI/Caxias) apresentaram retração em janeiro em relação a dezembro. Os únicos a registrarem índice positivo foram “compras industriais”, com alta de 5,2% em janeiro, e “utilização da capacidade instalada”, que não apresentou oscilação.  Ficaram negativos “horas trabalhadas” (-14,3%); “vendas industriais” (-7%) e “massa salarial” (-1,7%). No acumulado dos últimos 12 meses, o IDI/Caxias registrou queda de 23,9%.

De acordo com o vice-presidente de Indústria da CIC, Carlos Zignani, a expectativa dos empresários para o primeiro semestre do ano ainda é de muita dificuldade e de queda na economia. O diretor de Economia, Finanças e Estatística da CIC Astor Schmitt concorda que o quadro é bastante difícil e que a tendência é de o desempenho econômico de Caxias do Sul continuar piorando. “Não estamos vendo a saída”, observa Schmitt. Para ele, a crise econômica é consequência da crise política e ética e de um cenário externo desfavorável, que estão impondo um desempenho econômico ruim, “talvez o pior das últimas décadas”, analisa.

No entanto, o diretor da CIC pondera que crise está abrindo alguns nichos de oportunidades, e cita como exemplo a retomada - embora ainda lenta - das exportações, a substituição das importações e o aumento do turismo interno.

Empregos - No saldo do mercado de trabalho local, o levantamento mostrou que em janeiro, na comparação com dezembro de 2015, foram criados 539 postos em Caxias do Sul, um aumento de 0,3% no total de empregos formais no município. A agropecuária foi o segmento que apresentou melhor desempenho na geração de vagas, com 515 novos postos de trabalho. O setor de serviços também se destacou, oportunizando a criação de 109 empregos. A indústria, com menos 130, e o comércio, com menos 90, reduziram postos de trabalho.  Hoje, Caxias do Sul possui um total de 166.099 postos formais de trabalho, uma queda de 7,8% nos últimos 12 meses.

Mercado externo - As exportações caíram 61,7% e as importações cresceram 21,1%, fazendo com que o saldo registrasse um desempenho de menos 79,4% no comparativo entre janeiro de 2016 e dezembro de 2015. Em janeiro, Caxias do Sul exportou US$ 34 milhões e importou US$ 19 milhões. Chile, Argentina, Estados Unidos, China, México, Uruguai, Peru e Equador foram os principais destinos das exportações caxienses. Já as importações se originaram da China, Alemanha, Itália, Estados Unidos, Índia e Argentina. O primeiro item tanto na pauta de exportações como de importações continua sendo os bens de capital.

Também participaram da coletiva os diretores de Economia, Finanças e Estatística da CIC Maria Carolina Gullo e Mauro Corsetti, a assessora de Economia da CIC, Nara Panazzolo, e o assessor de Economia e Estatística da CDL, Mosár Leandro Ness.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC

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