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"Estamos ficando ultrapassados". A observação resume a ideia da palestra do doutor em Comunicação e reconhecido palestrante no Brasil Dado Schneider. Ele esteve na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) na noite de terça-feira (22) e foi ouvido por mais de 230 pessoas no auditório da entidade. Com humor e espontaneidade, o palestrante explicou que o grande desafio de quem nasceu no século XX, ou seja, a maioria que se encontra no mercado de trabalho, é acompanhar as mudanças do século XXI. Segundo ele, o que diferencia o profissional do futuro é a curiosidade, ingrediente indispensável para partir em direção ao novo.

Dado explica que o mercado sofre as influências dos novos tempos e está cada vez mais competitivo, mais exigente. "Em todos os segmentos há concorrentes demais e tem informação vinda de todos os lados. A gente está tão exausto mentalmente que coloca tudo na vala comum, acha que todas as marcas e produtos são iguais, mas não são. É preciso arregaçar as mangas e ir à luta para se diferenciar", informou.

Ele disse que o tempo dos amadores chegou ao fim: "Agora é a vez dos profissionais. Hoje é o vendedor que gira em torno do comprador". Na opinião de Dado, o cliente sabe o que quer, ele só precisa de um incentivo. "Argumentação do tipo: ‘Leva este que é o que mais sai' é um lixo. Não há mais espaço para vendedores deste tipo no mercado. Aliás, se você tem pessoas sem vontade na sua equipe: demita! As empresas precisam de pessoas comprometidas".

Dado acrescenta que depois de conquistar a mente do cliente, com conhecimento técnico sobre o produto ou serviço, o vendedor precisa ganhar seu coração. "Preconceito já era! Atenda bem a velhinha e a "turma do chá" vai aparecer. Tem que saber ouvir, ser solícito. É isso que mexe com a gente", declarou.

Ele alertou que quem topar o desafio de se reinventar e reaprender, proposto pelo novo século, vai encontrar mais pressão e mais stress: "Trabalhou direitinho, mais serviço". Dado esclareceu que os profissionais do novo século vão ter que trabalhar até os 80 anos, sempre correndo atrás das novidades tecnológicas, e frustrou as expectativas de quem pensava em diminuir o ritmo no dia em que conquistasse um cargo de chefia. "Acabou o tempo que chefe supervisionava o trabalho dos outros, agora chefe trabalha mais do que o empregado. Se não quiser: tchau! Já tem outro no lugar", brincou.

Dado sustenta que o mundo vive a "Era do ficar". Mensagens como: "experimente!", "você merece!" e "não dá nada!" estão em voga no comportamento humano, e também, no mundo dos negócios. Na concepção dele, o cliente está mais exigente, ele não quer ser encantado, ele quer ser satisfeito: "A gente fica enquanto está bom e, mesmo assim, a gente experimenta outros". O diferencial está em satisfazer o cliente. "Cliente satisfeito volta e recomenda", sintetizou Dado.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC