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CIC encerra ciclo de reuniões-almoço em 2016 com debate sobre polarização maniqueísta

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Publicado em 19/12/2016

Filósofo Gilmar Marcílio e psiquiatra Caetano Fenner Oliveira se revezaram na apresentação de ideias sobre o tema - Foto: Antonio Valiente
Filósofo Gilmar Marcílio e psiquiatra Caetano Fenner Oliveira se revezaram na apresentação de ideias sobre o tema - Foto: Antonio Valiente

A última reunião-almoço do ano, realizada hoje (19), propôs aos participantes um formato diferente para o tradicional evento das segundas-feiras na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC). Ao reunir no mesmo palco o escritor e filósofo Gilmar Marcílio e o médico psiquiatra Caetano Fenner Oliveira, a reunião-almoço debateu o pensamento maniqueísta contemporâneo, que permeia principalmente o universo das redes sociais, e no qual o mundo das relações é explicado em termos muito simplistas, reduzindo a pluralidade das ideias na base do "ou está do nosso lado ou está contra nós". 

Para Oliveira, a polaridade de ideias chegou a tal extremo, mais escancaradamente na política, que levou as relações a uma espécie de grenalização.  “Viramos um gremista ou um colorado das ideias”, concordou Marcílio. De acordo com o filósofo, as ideias extremadas e o radicalismo não estão presentes somente na internet, mas também nas relações pessoais. Nesta reunião-almoço, acrescentou Marcílio, encontramos um solo fértil, e até mesmo as diferenças de pensamento se positivaram, mostrando que aqui as pessoas têm um olhar atento para o cotidiano.

“Em algum momento do dia, os empresários deixam de ser empresários e se tornam maridos, esposas, pais, e é nesse momento que eles precisam de um suporte que não se pode encontrar nas estatísticas, mas na literatura, na poesia e na arte, numa compreensão mais madura, menos maniqueísta e capaz de carregar o dia a dia com mais leveza e serenidade”, ponderou o filósofo. 

A reunião-almoço foi aberta com a apresentação do Coro Infanto-juvenil Florescer, regido pelo maestro Federico Trindade. Os 31 cantores são alunos do Programa Florescer, mantido pelo Instituto Elisabetha Randon, e desenvolvem um repertório variado, com percussão corporal. O último evento do ano ainda contou com a benção de Dom Alessandro Ruffinoni, bispo de Caxias do Sul. 

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC