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Crise exige foco na gestão, aumento da eficiência e controle de custos

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Publicado em 11/07/2016

economista Lucas Schifino palestrou na reunião-almoço da CIC nesta segunda-feira (11) - Foto: Denise Boff/Objetiva
economista Lucas Schifino palestrou na reunião-almoço da CIC nesta segunda-feira (11) - Foto: Denise Boff/Objetiva

Depois de mostrar o real tamanho da crise brasileira – “90% dela é culpa nossa” -, e comparar o desempenho do PIB em diferentes períodos da história recente do País, o economista Lucas Schifino afirmou que a gestão das empresas exige muita atenção neste momento de instabilidade. Palestrante da reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) nesta segunda-feira (11), alusiva ao Dia do Comerciante, Schifino sugeriu que o cuidado com a gestão pode fazer toda a diferença na retenção do volume de vendas e até na conquista de novos clientes. “Crises sempre passam, pense no longo prazo, mantenha o foco na gestão, no aumento de eficiência e no controle de custos”, disse.

Para o economista, que integra a Assessoria Econômica do Sistema Fecomércio-RS, a origem da crise está no esgotamento de capacidade ociosa, no intervencionismo e estímulos apenas à demanda, na tolerância e maquiagem dos problemas, na corrupção e ruptura política. “Não tem nenhum país ou grupo de países com taxas de PIB como a do Brasil, portanto, não podemos culpar o cenário externo pela crise. Cabe a nós resolver nossos problemas”, ressaltou Schifino.

Ele ressaltou a importância do papel do Congresso na atual conjuntura em que medidas mais duras precisam ser aprovadas para o País recuperar a capacidade de gerar superávit nas contas públicas. “O Congresso ganhou uma importância que não teve nos últimos 15 anos. Houve uma mudança do centro de decisões do Executivo para o Legislativo”, comentou.

Enquanto aguardam pela retomada da economia, Lucas Schifino entende que os empresários devem repensar suas estratégias, pensando no longo prazo e posicionando-se frente às características da demanda. Outra sugestão é treinar a equipe, já que o desemprego em alta diminui a rotatividade e facilita a seleção e o treinamento. Também sugere focar nas experiências para o cliente, pois na crise a concorrência fica mais acirrada e uma das formas de uma empresa aumentar suas vendas é tirar as vendas de outra empresa. Outra dica é cuidar das operações, custos e financeiro da empresa. “Na dificuldade de aumentar receitas, a alternativa é melhorar as margens, e ter cuidado redobrado com fluxo de caixa, estoques e inadimplência”, aconselhou o economista.

Em homenagem ao Dia do Comerciante, a ser comemorado no próximo sábado (16), a reunião-almoço desta segunda-feira foi presidida pelo vice-presidente de Comércio da CIC, Ivanir Gasparin. “Como vice-presidente da CIC, vice-presidente da Fecomércio e diretor do Sindilojas, acompanho de perto as ações de nossas entidades e os desdobramentos de nossas reivindicações. Cada vez mais, temos temas com que nos preocupar, leis para questionar, impostos para pagar. E cada vez menos soluções. As exigências do estado e a burocracia sobre as empresas formalmente estabelecidas são um desserviço ao desenvolvimento e ao crescimento”, afirmou em seu pronunciamento de abertura.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC - Jornalista Marta Guerra Sfreddo

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