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CIC debate alternativas para enfrentamento da crise econômica

Gerais

Publicado em 15/02/2017

Entidade reuniu lideranças da indústria, comércio e serviços em painel mediado pela jornalista Ivanete Marzzaro - Foto: Julio Soares/Objetiva
Entidade reuniu lideranças da indústria, comércio e serviços em painel mediado pela jornalista Ivanete Marzzaro - Foto: Julio Soares/Objetiva

Uma série de reportagens sobre a realidade de empresas de Caxias do Sul e Região por conta da crise econômica, relatando o drama de empresários em dificuldades financeiras, levou a Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) a realizar uma reunião-almoço nesta quarta-feira (15) para debater com lideranças dos três segmentos formas de enfrentar a recessão. Para cobrar possíveis soluções para o problema e retomar o crescimento econômico, o presidente da CIC, Nelson Sbabo, anunciou que a entidade buscará uma audiência no início de março com o presidente Michel Temer e os ministros da área econômica, com o governador José Ivo Sartori e com o prefeito de Caxias do Sul, Daniel Guerra. A proposta é levar um diagnóstico do acirramento da crise e advertir os governos federal, estadual e municipal sobre os reflexos da brutal queda no faturamento das empresas e nos postos de trabalho. 

Os cenários da indústria foram apresentados pelo presidente do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs), Reomar Slaviero, do comércio, pelo presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Caxias do Sul (Sindilojas), Sadi Donazzolo, e dos serviços, pelo vice-presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis, Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas da Região Serrana do RS (Sescon Serra Gaúcha), Joacir Reolon. O debate foi mediado pela editora de Economia do Jornal Pioneiro, Ivanete Marzzaro, e reuniu cerca de 220 pessoas, entre empresários e representantes do Poder Público. No momento do debate, muitas pessoas se pronunciaram em tom de desabafo, admitindo nunca terem visto uma crise com tamanha gravidade. A maior preocupação é com a sobrevivência das empresas e dos postos de trabalho, já que nos últimos três anos cerca de 25 mil pessoas perderam seus empregos, a maioria na indústria, com reflexos negativos no desempenho do comércio e dos serviços. 

Ao mostrar números que apontam uma queda de cerca de 20% no faturamento das empresas do setor metalmecânico no ano passado, Reomar Slaviero disse que “2016 foi o pior ano da nossa vida empresarial. Nossa preocupação consiste em como fazer para honrar com os compromissos da empresa e pagar os salários dos trabalhadores. ” Já o presidente do Sindilojas, Sadi Donazzolo, afirmou que, “embora a expectativa seja mais favorável do que há um ano, a evolução negativa nas vendas e a redução na atividade do comércio mostram que a recuperação será lenta. ” Opinião compartilhada pelo vice-presidente do Sescon, Joacir Reolon, que ao destacar a necessidade de reformas urgentes, salientou que “a recuperação da profunda recessão do País nos últimos dois anos será muito mais lenta do que o esperado”. 

Entre as sugestões de medidas, os empresários pedem as reformas estruturais para o País avançar, especialmente a trabalhista e previdenciária, modernização das leis trabalhistas, redução da taxa de juros, redução da carga tributária, linhas de financiamento, acesso ao crédito, retomada da confiança do consumidor, um pacto pela cidade, unindo empregadores, empregados e Poder Público para destravar a economia local, além de ética na política.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC