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“Imagine o mundo sem música, sem cinema, sem arte. ” Assim o músico e produtor musical Luciano Balen provocou o público que participou da reunião-almoço da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC) nesta segunda-feira (29) para sensibilizar os empresários sobre a importância de se apoiar e se investir na cultura. Ao falar da relação entre as leis de incentivo e visibilidade das marcas, Balen, que é vice-presidente do Conselho Municipal da Cultura, enfatizou que além do DNA do trabalho, Caxias do Sul tem também o DNA da cultura. “A cultura é uma ferramenta a serviço a cidadania”, afirmou Balen.

De acordo com dados da Secretaria Municipal da Cultura, no ano passado, foram protocolados, via lei municipal, 46 projetos culturais. Destes, 35 foram aprovados, no valor de aproximadamente R$ 3,2 milhões. Já por meio do Financiamento da Arte e Cultura Caxiense (Financiarte), que apoia financeiramente a produção artística e cultural do município, foram aprovados 65 dos 137 projetos protocolados em 2015, num valor de cerca de $R 2 milhões. “Se a gente não incentivar os jovens a terem senso crítico e contato com o belo e com todas as manifestações da arte, o que será do futuro da nossa cidade? ”, questionou o palestrante. Para Balen, apoiar projetos pertinentes que tenham como público crianças e jovens de cinco a 20 anos será decisivo para a formação de uma geração de líderes e gestores mais críticos e mais criativos, além de contribuir para tirar das ruas aqueles que vivem em situação de vulnerabilidade social.

 Luciano Balen também ressaltou a importância da ocupação do antigo prédio da Maesa, que foi declarado patrimônio histórico de Caxias do Sul no ano passado. Para o músico, o complexo de 53 mil metros quadrados representa a cultura como parte da economia, turismo, gastronomia, moda, música, convivência e fruição dos bens culturais. “Por que não criar na Maesa um museu da metalurgia? Essa ideia está caindo de madura”, instigou. Também mencionou o cantor, compositor e acordeonista caxiense Adelar Bertussi como um ativo cultural, cuja arte precisa ser ‘patrimonializada’. “Pela importância da sua obra, ele pode ser o nosso Luiz Gonzaga”, comparou.

A reunião-almoço desta segunda-feira serviu de palco para o lançamento da 8ª edição do Mês da Cultura na CIC, que ocorre de 1º a 30 de setembro, numa iniciativa da Diretoria de Cultura da entidade. Durante o evento, a Secretaria Municipal da Cultura fez a entrega do Troféu Empresa Amiga da Cultura a 61 organizações que patrocinaram eventos culturais em 2014 e 2015 por meio da Lei de Incentivo à Cultura.

Fonte: Assessoria de Imprensa da CIC - Jornalista Marta Guerra Sfreddo (MTB6267)